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domingo, 15 de julho de 2012

Atividade 4



Moradia, saúde e educação

A questão das moradias, ainda hoje, é um grande problema no Brasil. O que chama atenção com relação a esse tema é o contraste existente entre favelas e luxuosos condomínios, dividindo um mesmo espaço principalmente nas grandes metrópoles. As favelas nada mais são do que complexos de moradias irregulares construídos essencialmente em lugares distantes dos centros. As pessoas recusam-se em participar de programas governamentais de habitação para adquirir lotes com custos mais baixos e menor tempo de quitação, acreditando que esta é uma saída para tentar uma vida melhor. Porém, grandes parte dessas construções são feitas em lugares que apresentam riscos a vidas dos moradores, como em encostas. Podendo assim, ocasionar gravíssimos acidentes.

Além da moradia, a saúde e educação também apresentam grandes problemas em nosso país. A pequena quantidade de escolas e hospitais localizados nos lugares mais distantes dos centros, somam-se ao grande índice de evasão escolar, já que o trabalho infantil é fundamental para a o sustento da família. Como consequência da grande evasão escolar, dada a necessidade de trabalhar, presenciamos a falta de profissionais qualificados e a necessidade de importação de mão de obra estrangeira, impedindo assim o desenvolvimento de forma adequada, que venha a trazer benefícios a nossa população.

Todas essas mazelas são fruto da falta de uma política voltada para atender os reais anseios da população, e da incapacidade do poder público e econômico em promover a inclusão social, priorizando assim o bem estar de todos. Cidades com bem mais habitantes do que a sua capacidade comporta, altos índices de violência, filas e filas nos hospitais, são o retrato de um país que a cada dia mais se distancia do modelo ideal de um país desenvolvido.



Músicas
 

1ª)  Estudo Errado
       (Gabriel O Pensador)  

Eu tô aqui Pra quê? 
Será que é pra aprender? 
Ou será que é pra aceitar, me acomodar e obedecer? 
Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater 
Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever 
A professora já tá de marcação porque sempre me pega 
Disfarçando espiando colando toda prova dos colegas 
E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo 
E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo 
Eu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gude 
Mas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!" 
Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádi 
Pra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tarde 
Ou quem sabe aumentar minha mesada 
Pra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)
Não. De mulher pelada 
A diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nada 
E a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!)
A rua é perigosa então eu vejo televisão
(Tá lá mais um corpo estendido no chão) 
Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação 
- Ué não te ensinaram? 
- Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútil 
Em vão, pouco interessantes, eu fico pu.. 
Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio 
(Vai pro colégio!!) 
Então eu fui relendo tudo até a prova começar 
Voltei louco pra contar:
Manhê! Tirei um dez na prova 
Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
Decorei toda lição 
Não errei nenhuma questão 
Não aprendi nada de bom 
Mas tirei dez (boa filhão!)
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci 
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi 
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci 
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi 
Decoreba: esse é o método de ensino 
Eles me tratam como ameba e assim eu num raciocino 
Não aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatos 
Desse jeito até história fica chato 
Mas os velhos me disseram que o "porque" é o segredo 
Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo 
Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente 
Eu sei que ainda num sou gente grande, mas eu já sou gente 
E sei que o estudo é uma coisa boa 
O problema é que sem motivação a gente enjoa 
O sistema bota um monte de abobrinha no programa 
Mas pra aprender a ser um ingonorante (...) 
Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama (Ah, deixa eu dormir) 
Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre 
Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste 
- O que é corrupção? Pra que serve um deputado? 
Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso! 
Ou que a minhoca é hermafrodita 
Ou sobre a tênia solitária. 
Não me faça decorar as capitanias hereditárias!! (...) 
Vamos fugir dessa jaula! 
"Hoje eu tô feliz" (matou o presidente?) 
Não. A aula 
Matei a aula porque num dava 
Eu não agüentava mais 
E fui escutar o Pensador escondido dos meus pais 
Mas se eles fossem da minha idade eles entenderiam 
(Esse num é o valor que um aluno merecia!) 
Íííh... Sujô (Hein?) 
O inspetor! 
(Acabou a farra, já pra sala do coordenador!) 
Achei que ia ser suspenso mas era só pra conversar 
E me disseram que a escola era meu segundo lar 
E é verdade, eu aprendo muita coisa realmente 
Faço amigos, conheço gente, mas não quero estudar pra sempre! 
Então eu vou passar de ano 
Não tenho outra saída 
Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida 
Discutindo e ensinando os problemas atuais 
E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais 
Com matérias das quais eles não lembram mais nada 
E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçada
Refrão
Encarem as crianças com mais seriedade 
Pois na escola é onde formamos nossa personalidade 
Vocês tratam a educação como um negócio onde a ganância a exploração e a indiferença são sócios 
Quem devia lucrar só é prejudicado 
Assim cês vão criar uma geração de revoltados 


                                                      

GENTE HUMILDE
  (Vinicius de Moraes e Chico Buarque de Holanda) 

Tem certos dias 
Em que penso em minha gente
E sinto assim
Todo meu peito se apertar
Porque parece
Que acontece de repente
Feito um desejo de viver
Sem me notar
Igual a como
Quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem 
Vindo de trem de algum lugar
E aí me dá
Como uma inveja dessa gente
Que vai em frente
Sem nem ter com quem contar.

São casas simples
Com cadeiras nas calçadas
E na fachada
E escrito em cima que é um lar
Pela varanda
Flores tristes e baldias
Como a alegria
Que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza
No meu peito
Feito um despeito
De eu não ter como lutar
E eu que não creio
Peço a Deus por minha gente
É gente humilde
Que vontade de chorar.


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